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O que rolou na NRF Retail’s Big Show 2017?

Entre os dias 15 e 17 de janeiro, aconteceu em Nova York, o NRF Retail’s Big Show 2017, que é a principal convenção do varejo nos Estados Unidos e também o mais importante do segmento no mundo. Realizado há mais de 100 anos, o NRF reúnes varejistas, executivos e tomadores de decisão a nível mundial. Em paralelo a este, acontece o Expo NRF, onde fornecedores e prestadores de serviços apresentam soluções inovadoras para o varejo.

Só para você ter uma ideia da dimensão deste evento, confira alguns dados interessantes sobre esta última edição.

Número de participantes: 33.000

Varejistas: 3.000+ (87 das maiores empresas presentes na edição de 2016, participaram novamente)

Países participantes: 94, tendo o Brasil como segundo maior público fora dos EUA, com 1.145 participantes.

Perfil dos participantes: a maioria composta por profissionais em níveis de VP’s e Gestão (41%).

Fonte: site da NRF Retail’s Big Show

Incrível, né?

Infelizmente não pude participar do evento. Graças a uma oportunidade oferecida pelo MBA em Gestão de Varejo e Administração de Shopping Center da Universidade Positivo, tomei conhecimento do que foi destaque na NRF 2017, por meio dos coordenadores do curso, Fabíola Paes e Leandro Krug, que estiveram por lá.

Com o nome ‘Disrupt – Tendências do Varejo’, e em formato TED Talk, as apresentações compartilharam com público o que mais chamou a atenção dos expositores na feira. As executivas e alunas do MBA em Gestão de Varejo e Administração de Shopping Center, Patricia Albanez (Gestora de Projetos Varejo e Turismo Sebrae) e Raquel de Araujo Roble (Diretora de Projetos na DataMaker Design) também participaram das exposições.

Ao final, houve um momento de debate que contou com a participação dos expositores e foi mediada por Zeh Henrique Rodrigues, CEO da Brainbox/POPAI.

Reuni aqui alguns recortes do encontro e compartilho com você aqui embaixo:

Experiências imersivas

A programação da NRF também conta com visitas aos estabelecimentos comerciais de Nova York que se destacam, quando o assunto é experiência do consumidor.

Oferecer boas e profundas experiências ao cliente é a ‘bola da vez’. Não adianta! O cliente precisa se sentir confortável, à vontade, precisa experimentar, ser bem atendido. As lojas estão se tornando cada vez mais a extensão de sua casa, e as empresas que não estiverem atentas ao movimento, vão fechar suas portas logo em breve.

Para ficar mais claro o que são estas tais experiências imersivas, vamos à nossa primeira parada: a Tea T2, em Nova York. A marca, que surgiu em Melborne (Austrália), é especializada em chás e conta com lojas no país onde nasceu e também nos EUA.

A Tea T2 tem a experimentação presente em seu DNA, como pode ser visto em seu site.  As fotos abaixo não deixam nenhuma dúvida de como isto é realmente aplicado em suas lojas.

Diversidade de ervas à disposição do cliente, para degustação.

A nossa segunda parada acontece na espetacular Adidas Stadium Store. A mega loja tem traços da cultura nova-iorquina e apresenta estrutura que claramente remente a um estádio olímpico.

Traços urbanos de NYC fazem parte da decoração da loja.

Na arquibancada erguida dentro da loja, você pode tirar uma foto com Adolf Dassler, alemão que fundou a Adidas.

Decoração inspirada em estádio olímpico.

E a sua loja? O que tem feito para proporcionar experiências ao cliente?

O High Line Park

Entre os anos de 1928 e 1934, a Ferrovia Central de Nova York construiu uma linha férrea suspensa no lado oeste da cidade, entre a 9ª e a 11ª Avenida, para transporte de alimentos que eram levados aos armazéns da zona portuária do Rio Hudson. Porém, com a degradação destes armazéns na década de 1980, este trecho da malha ferroviária ficou abandonado e tornou-se um ponto dominado por marginais e o comércio de drogas.

Por conta deste cenário, em 1999 a prefeitura de Nova York decidiu que iria demolir a construção. E foi aí que dois moradores do bairro de Chelsea, Joshua David e Robert Hammond, criaram a associação Amigos do High Line e conseguiram (felizmente!) impedir a demolição. Assim, nasceu a ideia do incrível parque linear que hoje ocupa o lugar da antiga ferrovia.

Confira uma reportagem feita no local pela revista TIME. Dê o play!

A regra é clara aqui também!

Animais de estimação não são permitidos, bem como o uso de patins, skates e cigarros. Você pode organizar um evento para sua empresa ou com algum grupo, desde que solicite uma autorização prévia ao Amigos do High Line.

“Ok, mas o que isso tem a ver com a NRF, Kadu?”

Com a revitalização da região, alavancada pelo surgimento do High Line Park, tradicionais estabelecimentos nas redondezas do parque ganharam destaque. É o caso do Chelsea Market, que vamos falar sobre daqui a pouco.

Além disso, vemos aqui mais uma ótima possibilidade para as marcas explorarem o espaço para realização de ações únicas e inesquecíveis com os visitantes do parque.

Food Halls

Espaços como o Chelsea Market, citado anteriormente, estão conquistando cada vez mais espaço, inclusive aqui no Brasil. Fundado em 1997 e ocupando o prédio da antiga Companhia Nacional de Biscoitos, o mercado abriga uma série de galerias com inúmeras lojas, onde o cliente vive uma experiência de convivência ao realizar refeições. Estes espaços que possibilitam o convívio entre as pessoas desconhecidas durante a alimentação são chamados de food halls (área de alimentação, em tradução livre).

Diferente das tradicionais praças de alimentação, onde a conveniência é a principal característica, os food halls prezam por oferecer a aproximação entre as pessoas que frequentam o lugar para comer.

Em uma das galerias do Chelsea Marktet, onde todos comem e convivem.

Uma marca bastante conhecida e que já está de olho nesta tendência é o Starbucks. Em sua lojas é possível encontrar bancadas e mesas maiores para seus clientes tomarem café na companhia de outras pessoas, o que estimula a convivência.

MarTech

O impacto da tecnologia no Marketing vem crescendo exponencialmente. Profissionais de Marketing com habilidades em tecnologia e programação estão cada vez mais em destaque no mercado de trabalho. Além de dominarem as ferramentas e teorias do Marketing, estes estão sempre antenados às novidades tecnológicas, além de conhecerem linguagens de programação e outros recursos que a computação disponibiliza.

Para estes profissionais, damos o nome de Martech, que é a junção de Marketing e technology.

Pessoas em primeiro lugar, por favor!

Aeronave da LATAM, antiga TAM, com assinaturas dos clientes em sua fuselagem.

Não adianta chorar e muito menos espernear!

Se a sua estratégia não tiver foco no cliente, todo o restante vai fracassar. Não há tecnologia que seja mais importante do que os seres humanos. São eles que movem a economia e fazem a sua empresa obter receitas, né?

De acordo com expositores, ter foco nas pessoas foi o mote desta edição da NRF Retail’s Big Show 2017. 🙂

O que achou? Vamos conversar sobre o assunto! Deixe seu comentário aqui embaixo.

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